segunda-feira, 29 de março de 2010

ARRUMANDO AS GAVETAS DA MINHA VIDA PARTE I

Semana passada resolvi remexer em algumas coisas, que já não me servem mais, mas vou remexer por partes, pois há muitas coisas, que estão rotas, outras furadas, outras remendadas, outras sem completo uso, outras novas que não me servirão mais, outras que há a opção da reciclagem, outras que achei horrendas, algumas são de total uso...... e por ai vai, existem milhares de coisas que quero remexer......

Comecei pela gaveta passional......

Vi que eu sou demais de passional, e me entrego a amizades e amores como uma garotinha, e não posso mais ser assim, tive a desilusão de uma suposta "amizade" ......de novo??????????

É eu não aprendo, mas agora eu resolvi remexer nisso, vou rever meus conceitos de amizade, já risquei ela da minha vida, hoje ela é uma pessoa que passa por mim e eu respeito, mas não mais faz mais parte da gavetinha passional da amizade........

Nessa "rexemelança" de paixões tive que rever os conceitos sobre o meu "LADO AVESSO", como ele mesmo disse somos muito iguais, e temos que diminuir as proporções, e eu aceitei, acho que está totalmente certo, as proporções estavam totalmente erradas, um dá o outro dá.......

Um as vezes mais que o outro, e eu comecei a dar demais, agora parei, vou na medida que houver a troca na mesma proporção, não posso mais me machucar............ e eu o ADORO tanto, que fiquei com medo de machucar ele com meus machucados, que ainda não estão curados........

Fiquei triste por algum tempo, e tive que pedir que me ligasse, para pelo menos ouvir a voz, pois bateu uma profunda melancolia, pura solidão, eu estava como num quarto escuro e apavorada...... e ele retornou minha ligação (agora to chorando de lembrar) na hora também chorei, eu precisava ouvir aquela voz doce, mesmo que por telefone........

E foi ótimo porque logo após dormi como quem foi afagada por um anjo.

Continuando remexi na gaveta "paixão pela vida", que já estava se esvaindo, arrumei tudo em cada cantinho, cada potinho de vida, de sabor da vida, de momentos da vida, de mals momentos da vida, de momentos inesquecíveis da vida, fui colocando cada qual, separei por cor, por dor, por sorriso, por sabor, por arrepios, por palavras benditas, por palavras malditas, .........

Depois remexi em paixões passadas, eu vi que só tinha uma paixão passada e que essa fora denominada no passado AMOR, e ela se dissipou como uma nuvem levada por um vento forte......

Respirei aliviada, porque essa gaveta fora esvaziada, ela hoje está completamente vazia, e como isso foi bom, sentimento de completo alívio, eu não preciso mais dessa sombra que me acompanhava e não me deixava ver mais nada a frente......

A gaveta passional do AMOR está vazia, mas apenas o AMOR por um homem, se um dia seja houver um homem digno de eu chamar de meu AMOR........ e ele vai ter que provar que merece meu AMOR, caso contrário, prossigo com esta gaveta vazia, trancada e com as chaves no estômago, pois lá ninguém poderá tirar, apenas eu......

Vi uma gavetinha linda toda colorida, a gavetinha passional dos meus filhotes, essa fiz questão de enfeitar mais ainda, porque é a maior gaveta que tenho hoje, de um AMOR realmente infindável........

Vi uma gavetinha passional imoral, essa não abri, porque hoje só uma pessoa me faz abrir e são necessárias duas mãos diferentes para abri-la........ AVESSINHO essa é sua gavetinha...... se você não me ajudar a abri-la ....... ela ficará fechadinha, tenho medo sem você........

Quanto exagero, quantas lágrimas, quanto sofrimento, quanto desperdício de energia… e de tempo! Foi gasto pra deixar estas gavetas bagunçadas dessa forma?

Mas tudo muito útil se eu levar em conta que posso emprestar essas sensações aos meus personagens.

Um alívio mexer nestas gavetas e perceber que quero mudar e nunca mais serei quem já fui, não estar passando pelo que já passei, ter mudado.

Nas minhas gavetas remexidas, nada encontrei que fizesse alusão a algum momento que eu tenha me arrependido demais, todos foram importantes, estas gavetas arrumadas são a pessoa que quero ser, as bagunçadas são as que eu FUI. Por isso atribuí ao amontoado de gavetinhas propriedades curativas.

Curei-me de diversas “enfermidades”, mas há sempre novas “moléstias” as quais ainda não somos imunes.

Em todo caso, não tenho feito uso de algumas gavetas ultimamente como quando mais jovem — pelo menos não que eu saiba.

Aliás, quando mais nova, eu não imaginava que o estivesse fazendo, não era algo premeditado. Ainda assim, algumas gavetinhas passadas me intrigam. Não lembrava de um monte de coisas; de outras, ao contrário, lembrei com surpreendente nitidez. Memória seletiva. Não deve ser mesmo importante lembrar de TUDO, apenas do que interessa.

Impressionante observar que pessoas que eu considerava amigas sequer sei se ainda existem. O que terá acontecido com todos aqueles que, de certa forma, me ajudaram a ser o que sou hoje? Terão mesmo me ajudado? Alguns sim, por melhores (ou piores) que tenham sido. Talvez, para muitos deles eu também não passe de um “cadáver” em suas gavetas lacradas…

. . . . . . . . . . . . . . . .

Acho que a parte das gavetas passionais estão quase que totalmente arrumadas........ se algo escapou vou me lembrar e abrí-la.......

Mas o que me serviu arrumei, o que era trapo, joguei.................
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Um comentário:

senhorclovis@gmail.com disse...

Nossa menina! Que texto profundo... Interessante... me deu vontade de mexer nas minhas gavetas... mas assim de um dia para o outro eu não consigo... um dia eu fuço em uma e em outra... fico melancólica e resolvo jogar uns treim véi fei fóra.... isso ai, vc tá é certa... esse negócio de guardar coisa que não se quer mais, que tá velho, que nem serve,não é legal.. ocupa espaço, e a gente só pode juntar coisas novas abrindo espaço para o novo!!
Obrigada por visitar o variável independente!! E vem que eu te maquio!!

=**

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